23.4.12

23 de abril de 1964 - Salve o Cavaleiro Jorge!

por: Lucyanne Mano



São Jorge, o cavaleiro da armadura reluzente atingindo do seu cavalo o dragão com a lança, é um santo popular em todo o mundo.

Lenda ou realidade, tem presença significativa na história de grandes instituições, nas artes e na vida militar de numerosos países.


Foi o que resgatou a edição do Jornal do Brasil em 23 de abril de 1964, apontando o equívoco de considerá-lo apenas como patrono de seitas exóticas, atribuindo-lhe denominações e interferências conflitantes com o espírito da Igreja Católica, desconsiderando o que consta sobre a sua história.

Oficial de alta patente do exército romano, sofreu o martírio com outros cristãos nas perseguições do Imperador Diocleciano no século III. Contudo, o que consta das atas foi declarado sem autenticidade pelo Papa Gelásio, duzentos anos depois. Mas é certo que o militar foi martirizado e, o seu culto, nascido na Igreja Oriental chegou até a Igreja do Ocidente.

Foi feito patrono dos exércitos de várias nações, sobretudo cavalarias. Os gregos o denominaram mártir e puseram-se sob o seu patrocínio. A Inglaterra o tomou por padroeiro. Entre esses dois povos europeus o culto de São Jorge é tão popular como no Brasil. Em Portugal, a sua veneração começou no século XIV, quando D. João, após a batalha de Aljubarrota contra os castelhanos, reedificou o Castelo de Lisboa com o nome de Castelo de São Jorge, e ordenou que a sua imagem figurasse na procissão de Corpus Christi.

O culto de São Jorge chegou até nós ainda na fase da colonização. Reverbera por todo o país, mantido com grande respeito pelo povo. As corporações militares o consagram como patrono da cavalaria, e participam das comemorações que se celebram por seu nome.

Fonte: JBlog

Relógio das Culturas

O que é o tempo? A resposta varia, dependendo da sociedade
por Pelos editores

Gavin Hellier Corbis; Bart omeu Amengual age Fotostock; Johnny Stockshooter Aurora Photos; Oscar Okapi Aurora Photos



Atrase uma hora no Brasil e ninguém nem irá se importar muito. Mas, na Suíça, deixe alguém esperando mais que cinco ou dez minutos e terá muito a explicar. Em algumas culturas o tempo é elástico, em outras, monolítico. De fato, o modo como membros de uma cultura percebem e usam o tempo reflete as prioridades da sociedade e até sua visão do mundo.

Cientistas sociais registraram grande diferença no ritmo de vida em vários países e em como as sociedades percebem o tempo: se como uma flecha penetrando o futuro ou como uma roda em movimento, onde passado, presente e futuro giram sem parar. Algumas culturas combinam tempo e espaço: o conceito dos aborígenes australianos do “tempo de sonhos” abrange não só o mito da criação, mas também o método de selocalizar no campo. Mas algumas visões de tempo interessantes, como o conceito de ser aceitável uma pessoa poderosa manter alguém de status inferior esperando, parecem desconhecer diferenças culturais. Elas são universais.

O estudo de tempo e sociedade pode ser dividido em pragmático e cosmológico. Do ponto de vista prático, nos anos 50, o antropólogo Edward T. Hall escreveu que as regras de tempo social compõem uma “linguagem silenciosa” para determinada cultura. As regras nem sempre são explícitas, analisou ele, mas “subentendidas... Ou são cômodas e familiares, ou erradas e estranhas”.

Em 1955, ele descreveu na Scientific American como percepções diferentes de tempo podem levar a mal-entendidos entre pessoas de culturas diversas. “Um embaixador que espera um visitante estrangeiro mais que meia hora deve entender que se este último ‘mal murmura uma desculpa’ isto não é necessariamente um insulto”, exemplifica. “O sistema de tempo no país estrangeiro pode ser composto de unidades básicas diferentes, então o visitante não está tão atrasado quanto parece. Deve-se conhecer o sistema de tempo do país, para saber a partir de que ponto as desculpas são realmente necessárias... Culturas diferentes atribuem valores diversos para as unidades de tempo.”

A maioria das culturas do mundo agora usa relógios e calendários, unindo a maior parte do globo no mesmo ritmo geral de tempo. Mas isso não significa que todos acertem o mesmo passo. Algumas pessoas se estressam com o ritmo da vida moderna e o combatem com o movimento “slow food” enquanto em outras sociedades as pessoas sentem pouca pressão no gerenciamento do tempo.

“Uma das curiosidades do estudo de tempo está no fato de ele ser uma janela para a cultura”, avalia Robert V. Levine, psicólogo social na California State University em Fresno. “É possível obter respostas sobre valores e crenças culturais: uma boa ideia do que importa para as pessoas.”

Levine e seus colegas fizeram estudos do “ritmo de vida” em 31 países. Em A geography of time, publicado pela primeira vez em 1997, Levine descreve a classificação dos países usando três medidas: velocidade para andar nas calçadas urbanas, rapidez de um funcionário do correio em vender um simples selo e a precisão dos relógios públicos. Baseado nessas curiosas variáveis ele concluiu que os cinco países mais rápidos são Suíça, Irlanda, Alemanha, Japão e Itália e os cinco mais lentos, Síria, El Salvador, Brasil, Indonésia e México. Os Estados Unidos ocupam a 16º lugar, próximo ao mediano.

Fonte:

Lembranças de Sarajevo

Vinte anos após o início da Guerra da Bósnia, artigo lembra o genocídio nas terras da antiga Iugoslávia e ressalta a inércia da comunidade internacional para com o conflito na época

Bruno Garcia



Parlamento bósnio em chamas“Bem vindos ao inferno”, saudavam os locais em pichações nos muros da cidade, quando os primeiros jornalistas chegaram em 1992 à Sarajevo. A capital da República da Bósnia e Herzegovina, cercada pelo exército iugoslavo, se tornou o foco da guerra que durou mais de três anos culminando com a fragmentação da Iugoslávia e o saldo aproximado de 100 mil mortos.


O conflito foi o primeiro golpe no otimismo histérico do fim da Guerra Fria. A Alemanha se unificava enquanto a sombra da União Soviética desaparecia junto com as ameaças do fim do mundo num holocausto nuclear levantando promessas de que, finalmente, o século sangrento se encerraria numa paz inédita. Mas, ao contrário dos países da Europa Central, como Polônia e Hungria, a Iugoslávia não celebrou o fim do comunismo com fogos de artifício, revoluções e promessas de um mundo melhor.

Ninguém lembra, mas os nazistas não foram os últimos a construírem campos de concentração na Europa. Não foram os últimos a cometer genocídio, a produzirem uma máquina de guerra subsidiada pelo silencio da comunidade internacional. Na década de 90, quando se menos esperava, Sérvios construíram centros, como Omarska,que lembravam Auschwitz e produziram massacres e episódios lamentáveis como Srebrenica, em 1995. Tudo isso contando com a cumplicidade silenciosa de uma comunidade internacional inerte.



Sarajevo sitiada

Quando Eslovênia e Croácia declararam independência da Iugoslávia, em 1991, o estado multiétnico da Bósnia e Herzegovina passou a ser disputado por Sérvios e Croatas. Fragmentado num quebra cabeça confuso de religiões, etnias e nacionalidades, os muçulmanos bósnios declararam independência. Mesmo tendo sido reconhecida quase automaticamente tanto pela União Europeia, quanto pelos Estados Unidos, a Bósnia se tornou tudo, menos autônoma. As demandas de seus vizinhos condenaram o estado a uma guerra de mais de três anos e seu povo a uma perseguição sanguinária. Sua capital, Sarajevo foi sitiada com barricadas e atiradores de elite próximos ao parlamento. As frágeis forças bósnias de defesa não tinham como dar conta do Exército Popular Iugoslavo, comandado pela Sérvia.

O cerco de Sarajevo é o mais longo registrado em uma guerra moderna. Durou de 4 de Abril de 1992 até 29 de Fevereiro de 1996. Em estado de guerra, os atiradores na cidade alvejavam crianças, animais domésticos, homens e mulheres que passavam nas ruas para procurar pão ou leite. Ficaram famosas as imagens de cidadãos ordinários correndo entre um prédio e outro em busca de abrigo. No hotel Holiday Inn, construído quando a cidade sediou os jogos de inverno de 1984, os jornalistas de plantão assistiam boquiabertos à escalada de uma monstruosidade que se acreditava perdida no continente.




Crianças fogem de balas em SarajevoCom a capital cercada, os Sérvios avançavam sobre território Bósnio dispersando a população local que agora se concentrava em três enclaves principais, declarados área de proteção da ONU, em abril de 1993. Não adiantou muito. Em Srebrenica, em julho de 1995, as forças do general Mladic tomaram o quartel das Nações Unidas e em três dias mataram mais de 8 mil homens. Foi o maior massacre desde a Segunda Guerra Mundial. Tudo isso sob os olhos atentos de uma comunidade internacional muito bem intencionada e disciplinadamente calada.


Silêncio em congresso sobre direitos humanos

Para não dizer que não faziam nada, em 1993 foi organizado um congresso sobre direitos humanos em Viena. Contando com a participação de mais de 170 países, o evento conseguiu consagrar uma carta de prerrogativas e determinações extremamente valiosas para o avanço dos direitos humanos. Teoricamente. Na prática, os participantes eram proibidos de mencionar violações e massacres que ocorriam a menos de 500 km da capital austríaca.

A maravilhosa sensação de que o fim da Guerra Fria em 1991 seria consagrado por uma paz universal ungida pelo respeito dos direitos humanos estava sendo contrariada pela catarse nos Balcãs. O congresso em Viena procurou amenizar as feridas dessa síndrome de orgulho coletivo, mas não funcionou. Somente em 1995, quando a OTAN entrou em ação, foi possível deter as forças sérvias, que até então agiam indiferentes às opiniões de franceses, ingleses, alemães, americanos.... Até lá, mais de 17 mil haviam morrido só na capital bósnia. Mais tarde, no Kosovo, a vigorosa ação internacional seria testada novamente... Com resultados semelhantes.







Indiferença internacional

Samantha Power, que na época cobria o conflito para o Washington Post, voltou para os Estados Unidos indignada com a absoluta falta de apoio internacional para impedir massacres que eram tão trágicos quanto previsíveis. Junto com os demais jornalistas em Sarajevo, não compreendia como era possível o exército iugoslavo cometer aquelas atrocidades às vistas de tantos países. No fim, passou a questionar o papel dos Estados Unidos como líder moral depois do fiasco nos Balcãs. Para sua surpresa, pesquisando descobriu que seus conterrâneos nunca tinham feito tanto para impedir um genocídio como no caso da Iugoslávia. Samantha produziu uma longa pesquisa sobre o abismo entre a retórica e a ação dos Estados Unidos. Em 2003 escreveu Genocídio, vencedor do prêmio Pulitzer daquele ano.

Para muitos, a experiência de cobrir o cerco de Sarajevo e testemunhar o genocídio em solo europeu às portas do século XXI se transformou num compromisso com a memória do conflito. Jornalistas como Misha Glenny e Alec Russell saíram do posto de meros observadores para especialistas na Guerra. Houve também aqueles que pouco queriam lembrar.




Prédios alvejados em Sarajevo, após a guerraAlguns anos atrás, um amigo jornalista resolveu me contar sobre seus dias em Sarajevo durante a guerra. Sempre um grande contador de histórias bonachão, fechou o rosto e me disse: “Sei que você se interessa por isso. Mas você é meu amigo. Não sei, não consigo falar o quão nojenta é essa minha profissão, não imagina o tipo de escolha que um jornalista é obrigado a fazer nessas condições”. Aos poucos, lembrou de alguns amigos, em especial de um fotógrafo italiano que se especializou em tirar fotos de crianças prestes a serem alvejadas por atiradores. Em vez de avisar a criança, já que sabia da posição do atirador, ele preferia ficar em silêncio pela foto e dizia: eu salvo uma criança com um grito, e milhares com uma foto.


Vinte anos depois...

Contrariando o bom senso, o conflito completa 20 anos essa semana sendo melancolicamente ignorado pela imprensa internacional, que parece já ter extraído do evento tudo que era possível para vender jornais. Quem fizer uma busca hoje, encontrará artigos que articulam lições de moral comparando a Guerra da Bósnia com o atual conflito na Síria. Como se tudo estivesse resolvido na região, ou como se tudo que extraíssemos de calamidades absurdas fosse lições morais utilizáveis para experiências análogas.

Hoje, Sarajevo se reinventou como uma espécie de capital cultural na região. Abriga eventos relevantes, como seu festival anual de cinema. Ao renascer das cinzas (literalmente), resiste ao esquecimento, mantendo suas próprias ruínas e cicatrizes às vistas.

Fonte: 

Antiguidade Tardia

Por Antonio Gasparetto Junior



Antiguidade Tardia denomina um período de tempo ainda impreciso que se localiza entre a Antiguidade Clássica e a Idade Média.



O termo Antiguidade Tardia começou a ser usado por historiadores alemães no início do século XX, serve para identificar um período dahistória da humanidade que está compreendido entre os anos 300 e 600. Esta delimitação do período ainda é um tanto quanto imprecisa, pois os historiadores e outros eruditos ainda não chegaram a um consenso da real amplitude desse intervalo. O certo é que tal período está compreendido entre a Antiguidade Clássica e a Idade Média e pode ser utilizado para representar as características tanto da Europa continental quanto do mundo Mediterrâneo.

A Antiguidade Tardia é mais aceita como o período que se inicia com o declínio do Império Romano do Ocidente, a partir do século III, e se estende até a conquista islâmica e a ação do Império Bizantino na refundação da Europa Oriental.

O debate sobre a existência e a localidade no tempo da Antiguidade Tardia é muito presente na historiografia mundial. Como dito, os argumentos iniciais em defesa de tal período surgiram entre os historiadores alemães no início do século XX. Logo em seguida, o debate chegou também à Inglaterra, que ofereceu uma releitura do conceito de Antiguidade Tardia, reavaliando suas características.

Alguns pesquisadores defendem que as raízes da cultura medieval já estavam presentes no desenvolvimento do cristianismo. Desta forma, alguns acreditam que há traços de continuidade contundentes entre a Roma Imperial e a Alta Idade Média. Da mesma forma, essas características culturais também estiveram presentes no Império Bizantino.

Outra corrente de pesquisadores defende a importância dos povos germanos, representados especialmente pelosostrogodos e visigodos, como responsáveis pela manutenção da tradição romana. Assim, levando em consideração que os germanos ocuparam os territórios outrora ocupados pelos romanos, a ênfase é dada sobre uma continuação do ponto de vista político, mas também cultural e institucional do que foi chamado de civilização clássica.

O uso do termo Antiguidade Tardia sugere, então, que há uma continuidade de características sociais e culturais da Antiguidade Clássica que permanecem presentes até a Idade Média. O que se verifica é a ausência de rupturas nítidas.

Fontes:
http://brathair.com/revista/numeros/09.02.2009/3_sartin.pdf

Tempo Geologico

Sergio Boeta

Escala de tempo geológico representa a linha do tempo desde o presente até a formação da Terra, dividida em éons, eras, períodos, épocas e idades, que se baseiam nos grandes eventos geológicos da história do planeta. Embora devesse servir de marco cronológico absoluto à Geologia, não há concordância entre cientistas quanto aos nomes e limites de suas divisões. A versão aqui apresentada baseia-se na edição de 2004 do Quadro Estratigráfico Internacional da Comissão Internacional sobre Estratigrafia da União Internacional de Ciências Geológicas.

O que pensaria uma borboleta que possue uma vida de apenas um dia sobre uma sequoia que perdura por milhares de anos? Provavelmente acreditaria que a sequoia esteve sempre ali, imutável, estática e sem vida. Já um outro observador, de vida mais longa, poderia acompanhar diversas etapas da vida da sequoia, ver seu nascimento e seu crescimento, apenas porque vive em uma escala de tempo mais compatível com as taxas dosprocessos vitais dessa árvore. Nós humanos estamos para a Terra assim como a borboleta está para a sequoia. Ou seja, de modo geral não somos capazes de abstrair o significado da escala de tempo dos processos geológicos. O intervalo de tempo que compreende toda a história da Terra, desde sua formação até o período atual, é o que denominamos de Tempo Geológico. Ou seja, o Tempo Geológico corresponde aos 4,6 bilhões de anos da Terra.

Será que você é capaz de imaginar o que significa todo ese intervalo de tempo? Provavelmente não. Para melhor compreender essa escala de tempo nos podemos fazer uma pequena simulação:

"Imagine que os 4,5 bilhões de anos da Terra foram comprimidos em um só ano (entre parênteses colocamos a idade real de cada evento). Nesta escala de tempo, as rochas mais antigas que se conhece (~3,6 bilhões de anos) teriam surgido apenas em março. Os primeiros seres vivos (~3,4 bilhões de anos) apareceram nos mares em maio. As plantas e os animais terrestres surgiram no final de novembro (a menos de 400 milhões de anos). Os dinossauros dominaram os continentes e os mares nos meados de dezembro, mas desapareceram no dia 26 (de 190 a 65 milhões de anos), mais ou menos a mesma época em que as montanhas rochosas começaram a se elevar. Os humanóides apareceram em algum momento da noite de 31 de dezembro (a aproximadamente 11 milhões de anos). Romagovernou o mundo durante 5 segundos, das 23h:59m:45s até 23h:59:50s. Colombo descobriu a América (1492) 3 segundos antes da meia noite, e a geologia nasceu com as escritos de James Hutton (1795), Pai da Geologia Moderna, há pouco mais que 1 segundo antes do final desse movimentado ano dos anos." (extraído de Eicher, 1968)

O tempo geológico está dividido em intervalos que possuem um significado em termos de evolução da Terra. A escala do tempo geológico, cujo esqueleto rudimentar foi estabelecido ainda no século XIX , está dividida em graus hierárquicos cada vez menores da seguinte forma:
* Éons (Hadeano, Arqueano, Proterozóico e Fanerozóico);

* Eras (apenas no Éon Fanerozóico: Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica);

* Períodos (para cada uma das eras do Fanerozóico);

* Épocas (subdivisões existentes apenas para os períodos do Cenozóico).

Essas subdivisões foram estabelecidas ainda antes do desenvolvimento dos métodos de datação absoluta. As subdivisões de tempo definidas, portanto, não representam intervalos de tempo equivalentes, mas refletem a possibilidade de desvendar os detalhes da evolução geológica em todos os tempos. O registro geológico mais recente é mais completo e apresenta maior número de fósseis, permitindo delimitar intervalos temporais menores. O registro da evolução geológica antiga é muito mais fragmentado e com a ausência de fósseis possibilita apenas a delimitação de intervalos de tempo maiores, marcados por grandes eventos globais.


Fonte:
http://historiamaucontada.blogspot.com/2008_01_01_archive.html

Quem inventou a Carteira de Trabalho?

por Diego Meneghetti








A Carteira Profissional, que originou a atual Carteira de trabalho e Previdência social (CtPs), foi criada no governo getúlio Vargas, em março de 1932. Trata-se de um documento que registra o histórico profissional e garante direitos como salário, férias, 13º salário, seguro-desemprego, aposentadoria, FGTS etc. É por isso que, há 80 anos, tanta gente busca ter a “carteira assinada”, trabalhando numa empresa que registre os funcionários e garanta os benefícios. Antes da CTPS, só havia a “carteira de trabalhador agrícola” e os empregadores mantinham registros dos empregados apenas para fins contábeis. Desde 2011, o documento é impresso em papel-moeda, com inscrições timbradas na capa e informações digitalizadas em código de barras. O objetivo é evitar fraudes no preenchimento e facilitar o acesso do trabalhador a números atualizados sobre tempo de serviço e benefícios, além de integrar esses dados numa base nacional.

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego

ETA, o País Basco e a autodeterminação

Introdução

Nas últimas três décadas a imprensa internacional têm dado grande destaque às atividades do grupo basco ETA (Euzkadi Ta Askatasuna), que através de vários atentados choca-se com a política do Estado espanhol, exigindo a independência de todo o País Basco.

Origem


Mapa da Revista IstoÉ

A região ocupada pelos bascos situa-se no norte da Espanha e noroeste da França. Presume-se que o povo basco tenha ocupado a Península Ibérica por volta do ano 2000 a.C. e tenha resistido as constantes invasões sofridas pela região ao longo dos séculos. Apesar da dominação romana, os bascos mantiveram sua língua, costumes e tradições, num processo de constante resistência. A língua basca não tem parentesco com nenhuma outra no mundo e embora seja a língua mais antiga falada hoje na Europa, o vasconço somente constitui-se como língua escrita no século XVI e reforçou o sentimento de união do povo.
Entre os séculos XV e XVI a região foi submetida à Espanha, finalizando o processo de formação do Estado Monárquico, que havia sido iniciado com o casamento dos reis católicos Fernando e Izabel.

A Formação da ETA


Igreja de São Nicolas em Bilbao

Euzkadi Ta Askatana (ETA) significa na língua basca Pátria Basca e Liberdade. Essa organização nasceu como um movimento socialista fundado em 1959 a partir da atividade de vários grupos culturais e políticos que atuavam na sociedade.
O desenvolvimento de uma política socialista e ao mesmo tempo nacionalista esteve vinculada a história mais recente do povo basco: durante a Guerra Civil Espanhola (1936-39) a maioria da população basca apoiou os republicanos, aliados naquele momento aos socialistas e anarquistas, provocando violentas represálias por parte dos fascistas, sendo que o episódio mais conhecido foi o bombardeio da cidade basca de Guernica no dia 26 de abril de 1937, quando a aviação da Alemanha nazista lançou bombas incendiárias, matando mais de 1000 pessoas. A ditadura fascista do general Franco reprimiu com grande violência todos os movimentos nacionalistas. No País Basco, o vasconço foi proibido assim como qualquer manifestação política ou cultural dos bascos. O Estatuto de Autonomia que havia sido aprovado pelas Cortes em 1936 foi suprimido. A repressão sobre os bascos contribuiu de decisivamente para o radicalismo no interior da ETA e na segunda metade dos anos 60 a organização passou a luta armada, tendo como alvo os membros do aparato de repressão. Sua ação mais espetacular foi o atentado que matou o Primeiro Ministro, Almirante Luiz Carrero Blanco, provável sucessor de Franco, em 1973. Durante a ditadura certos assassinatos políticos tiveram grande apoio popular.



A Redemocratização

Em 1975 terminou a ditadura franquista e iniciou-se o processo de redemocratização. No País Basco surgiram alguns partidos "nacionalistas", com projetos diferenciados, dividindo os bascos quanto a luta pela autonomia. Com a elaboração de nova constituição, o Estado Espanhol propôs um Estatuto de Autonomia, aprovado em 1978, incluído na nova constituição no ano seguinte, com o apoio de parte da população e de alguns partidos. A ETA rejeitou o Estatuto, manteve a atividade militar e ao mesmo tempo passou a atuar politicamente com a fundação do Herri Batasuna ( Unidade Popular), agupamento político legalizado, cujos membros defendem as propostas da ETA.


Bandeira do País Basco

Com o retorno à democracia a ETA tendeu a perder apoio popular, pois governantes, elite e imprensa passaram a considerar o "debate político" como única forma de atuação, condenando com maior veemência as ações do grupo armado, que até então eram vistas com simpatia por grande parte da sociedade, pois chocaram-se com as autoridades da ditadura. No entanto a grande campanha sobre a opinião pública do país e principalmente internacional, omite elementos importantes do conflito no período democrático:

1) Durante o governo de Felipe Gonzales ( Partido Socialista Operário Espanhol) formaram-se as GAL -- Grupos Antiterroristas de Libertação -- organização ilegal, responsável pela violenta repressão aos nacionalistas bascos, promovendo prisões arbitrárias, torturas e assassinatos. Apesar da condenação destas atividades por parte do governo, as GAL receberam apoio e financiamento de diversos setores da sociedade e mantiveram-se constantemente em ação.
2) A ETA e o Herri Batusuna formularam propostas políticas para acabar com os atentados e com a "Guerra suja" promovida pelos GAL. A Alternativa KAS era formada por cinco pontos principais: a formação de um Estado Basco, o reconhecimento internacional desse Estado, retirada das forças policiais espanholas, anistia aos presos políticos e à inclusão de Navarra ao País Basco
3) A partir de 1995, o governo espanhol comandado por Felipe Gonzales, e a Esquerda Unida (IU) comandada pelo Partido Comunista recusaram-se a discutir nova proposta de paz da ETA, que tinha o objetivo de acabar com o conflito no País Basco. Podemos considerar a Alternativa Democrática, como uma adaptação da proposta anterior, tendo agora um conteúdo mais democrático, que enfatizava o papel da sociedade basca na organização de um País Basco independente. Desta forma a ETA e o Herri Batasuna "abandonam temporariamente" a defesa de seu "projeto socialista" e passam a defender que todos os bascos sejam os responsáveis pelos destinos do país. A Alternativa Democrática propunha: 1. Reconhecimento do direito á autodeterminação e à unidade territorial da País Basco e, em consequência, o compromisso de se respeitar a decisão do povo basco sobre o futuro do pais; 2. Mediante ampla discussão e participação, a sociedade basca decidirá qual o modelo de Estada que será criado. Este debate e esta decisão diz respeito única e exclusivamente ao povo basco; 3.Para que este processo resulte realmente democrático, se concederá uma anistia que permita a participação de todos prisioneiro políticos, refugiados e deportados; 4. ETA se compromete a suspender sua atividade armada assim que se consiga um acordo político sobre o conteúdo da proposta.




A Autodeterminação dos Povos

Em 1998 a ETA suspendeu a realização de atentados em busca de uma solução negociada. Porém o atual governo da Espanha, considerado como de centro direita, utiliza-se de argumento semelhante aos governos anteriores para aceitar as negociações: a desmobilização da ETA. A exigência de desarmamento da ETA serve, na verdade, como pretexto para a recusa em promover a discussão, pretendendo manter a idéia junto a opinião pública, de que as negociações não ocorrem por culpa da organização guerrilheira. Dessa maneira a discussão sobre o "direito de autodeterminação dos povos" é escamoteada. Esse direito consta do discurso de liberais e de vários grupos que se dizem de esquerda, porém, quando uma possibilidade real de coloca-lo em prática surge -- A Alternativa Democrática e o fim dos atentados -- os governantes aumentam suas exigências, como forma de não levar a discussão adiante ou ainda de promover a desorganização dos nacionalistas, impedindo-os de desenvolver seu projeto de independência.
Os nacionalistas revolucionários consideram que a independência do País Basco não é apenas uma reivindicação histórica, mas uma via necessária para garantir o desenvolvimento econômico, cultural e social do povo basco.


História da tecnologia moderna

Listamos aqui um breve histórico da tecnologia moderna desde o advento do motor a vapor (1705) a grande e extraordinária invenção da internet (1983)





1705 – Primeiro motor a vapor (Thomas Newcomen)
1768 – Nicholas Joseph Cugnot constrói um vagão a vapor.
1769 – James Watt aprimora o motor a vapor de Newcomen.
1774 – A primeira calculadora de massa (Phillipe Matthäus Han)
1775 – Primeiro submarino (David Bushnell)
1780 – Invenção da copiadora (James Watt)
1785 – O tear mecânico é inventado (Edmund Cartwright)
1793 – Telégrafo (Claude Chappe)
1800 – Primeira bateria (Alessandro Volta)
1804 – Primeira locomotiva a vapor (Richard Trevithick)
1810 – Impressão (Frederick Koenig)
1821 – Motor Elétrico (Michael Faraday)
1825 – Primeira linha de Estrada de ferro na Inglaterra.
1827 – Primeira turbina de água e patente para a primeira hélice de navio (Josef Ressel)
1854 – Invenção da lâmpada de luz incadescente (Heinrich Goebel)
1859 – O motor a gás é desenvolvido (Etienne Lenoir)
1861 – Primeiro telefone (Johann Philipp Reis)
1875 – Invenção da geladeira (Carl von Linde)
1876 – Aplicação de patente para o telefone (Alexander Graham Bell) - Motor de quatro-tempos (Nicolaus August Otto)
1877 – Invenção do fonógrafo (Thomas Alva Edison)
1879 – Primeira locomotiva elétrica (Werner von Siemens)
1881 – Fornecimento de energia com alta freqüência de corrente alternada (George Westinghouse)
1883 – Desenvolvimento da turbina a vapor (Carl de Laval)
1886 – Primeiro automóvel (Karl Benz)
1895 – Descoberta de Raios-X (Wilhelm Conrad Röntgen) - Invenção do cinematógrafo (Auguste e Louis Jean Lumière)
1896 – Descoberta da radioatividade (Antoine Henri Becquerel)
1897 – Invenção do tubo de raio de catódio (Karl Ferdinand Braun) - Diesel constrói o motor Diesel.
1903 – Primeiro vôo motorizado (Orville and Wilbur Wright)
1913 – Linha de montagem para a fabricação de carro (Henry Ford)
1930 – Primeira turbina a gás para aviões.
1931 – Primeiro microscópio de elétron (Ernst Ruska)
1938 – O átomo de urânio é separado (Otto Hahn and Fritz Straßmann)
1941 – "Z3", o primeiro computador em funcionamento (Konrad Zuse)
1948 – Transistor (William B. Shockley, John Bardeen e Walter Brattain)
1954 – Primeira estação de energia nuclear em Obninsk perto de Moscou.
1955 – Fibra Óptica (Narinder Singh Kapany, London)
1957 – O primeiro satélite é lançado, o "Sputnik 1" (USSR)
1961 – Primeiro humano no espaço e primeira órbita da Terra (Yuri Gagarin, União Soviética)
1964 – Circuito integrado (Jack Kilby para Texas Instruments)
1969 – Primeira aterrissagem do homem na lua ("Apollo 11", EUA)
1970 – Desenvolvimento do microprocessador (Intel) - Primeira calculadora de bolso.
1977 – Apple II, o primeiro computador completo.
1979 – Compact Disc (CD) para armazenar audio digitalmente (Sony & Philips)
1981 – Primeiro computador pessoal da IBM.
1992 – Primeiro livro em CD-ROM (a Bíblia)
1993 – Invenção da Internet.

Fonte: Discovery Channel

História da Máquina de Escrever




Christopher Latham Sholes, inventor que deu início à indústria de máquinas de escrever. Sholes acreditava que sua invenção fora fundamental na emancipação feminina, pois possibilitou que a mulher ingressasse no mercado de trabalho dos escritórios.(Herkimer County Historical Society)

É difícil precisar quando a máquina de escrever foi "inventada"; e também é difícil precisar quando ela começou a ser fabricada.

A primeira patente para uma máquina de escrever foi concedida na Inglaterra para Henry Mills em 1713.

Não havia detalhes sobre a máquina em si ou sobre exemplares fabricados, portanto ainda paira a dúvida se a patente foi concedida realmente para uma máquina de escrever.

Segundo o historiador Michael Adler, a primeira máquina de escrever documentada foi fabricada por um nobre italiano chamado Pellegrino Turri por volta de 1808.

Ele fabricou um artefato para que uma amiga, cega, pudesse se corresponder com ele. A máquina em si já não existe, mas algumas das cartas sim.


Mechanical Typographer, inventado por John Jones. (Milwaukee Public Museum)

Outras patentes importantes foram concedidas aos norte-americanos John Burt em 1829 e Charles Tubber em 1843, ao italiano Giusseppi Ravizza em 1855 e ao austríaco Peter Mitterhoffer em 1864.


Burt Typographer; a primeira máquina de escrever americana (London Science Museum, foto Bob Moran)


Mitterhoffer, toda feita em madeira (Dresden Technical University, Dresden, Alemanha)

Nessa época surgiram muitos inventores e protótipos, incluindo a máquina brasileira inventada pelo padre Francisco Azevedo em 1861.

Essa máquina foi apresentada na feira Internacional de Recife daquele ano e gerou muito interesse.

Infelizmente, nunca chegou a ser fabricada em série e o protótipo que aparece na ilustração foi destruído.


Maquina do Padre Azevedo (Escritório de Patentes do Brasil)

A primeira máquina realmente produzida em série e utilizada em diversos escritórios, foi sem dúvida a Skrivekugle, ou Malling Hansen.

Foi inventada e desenvolvida pelo Pastor Johan Rasmus Malling Hansen, da Dinamarca, diretor do Instituto Para Cegos e Surdos de Copenhagen.


Skrivekugle ou Malling Hansen. Fabricada na Dinamarca em 1870, é a primeira máquina a ser produzida em série. Danmarks Tekniske Museum, foto Jan Slot-Carlsen

Em 1865 foi produzido o primeiro modelo, que se destacava por uma semi-esfera, onde as barras de tipo eram colocadas de forma radial, a tecla em uma ponta e o tipo na outra, todos convergindo para um único ponto onde ocorria a impressão.

A ação de imprimir era direta e livre, sem nenhuma das ligações e conexões que tanto atrapalharam as máquinas rivais.

Após diversos aprimoramentos, chegou-se ao modelo da ilustração acima; é uma máquina maravilhosa, precisa e infinitamente superior a muitas das máquinas que a sucederam.

Já naquela época apresentava uma série de características que só viriam surgir muito depois nas outras máquinas: retorno do carro automático, avanço de linha automático, barra de espaço e índice para parágrafos, campainha para sinalizar fim da linha, reversão da fita e escrita semi-visível, bastando levantar-se o carro.

Os tipos e símbolos eram esculpidos individualmente na extremidade das barras pelos artesãos da época.

Algumas centenas dessas fascinantes máquinas foram produzidas, e conhece-se aproximadamente 30 exemplares que sobreviveram, a maioria em museus. Estima-se que aproximadamente 6 ou 7 estejam em coleções particulares.

Se a Malling Hansen foi a primeira máquina a ser produzida em série, a Sholes & Glidden foi a máquina que deu início à indústria da máquina de escrever.



A história desta máquina inicia-se em 1868 quando Christopher Latham Sholes desenvolveu a idéia que serviu de fundamento à indústria de máquinas de escrever.

Trabalhando com um grupo de amigos em uma oficina primitiva em Milwaukee, nos EUA, Sholes criou, 5 anos mais tarde, uma máquina que foi apresentada aos famosos fabricantes de armas Remington & Sons, de Ilion, Nova York. Carlos Glidden era um associado de Sholes e detinha participação no empreendimento, e foi assim que teve seu nome associado à máquina Sholes & Glidden.

As primeiras máquinas começaram a ser fabricadas em 1874 pela Remington; tinham sua própria mesa e eram decoradas com motivos florais e detalhes dourados. Pareciam um pouco com as máquinas de costura da época, influência, sem dúvida, do departamento de máquinas de costura da Remington.

O objetivo da decoração era apresentar um produto com uma aparência agradável.

A Sholes & Glidden escrevia somente em maiúsculas, e as barras moviam-se de baixo para cima. Para ver o que estava sendo escrito, era necessário levantar o carro.

Uma curiosidade desta máquina: Sholes foi o responsável pelo teclado QWERTY.

O nome foi dado porque essa é a sequência das primeiras letras da fileira de cima do teclado. O teclado QWERTY continua presente até hoje nos teclados de computadores.



A razão para a escolha deste teclado é muito prosaica: dentro da máquina, as barras de tipo operavam muito perto umas das outras, podendo colidir e emperrar.

Para evitar ao máximo o problema, Sholes analisou as palavras mais utilizadas na língua inglesa e dispôs as barras dentro da máquina a fim de minimizar a probabilidade de colisão.

A Sholes & Glidden não foi um sucesso imediato; era cara e apresentava problemas; além do mais, era hábito da época que as cartas fossem escritas à mão.

Pouco a pouco, surgiram os primeiros operadores destas máquinas, mulheres principalmente. Foi assim que a máquina de escrever contribuiu enormemente para o ingresso das mulheres no ambiente de trabalho nos escritórios.

Aproximadamente 5.000 Sholes & Glidden foram fabricadas; o modelo inicial com flores e decorações foi substituído por um modelo preto com decoração mais sóbria.

Em 1878 a Remington lançou a Remington 2, com inúmeros aperfeiçoamentos, inclusive dotada de mecanismo que possibilitava datilografar maiúsculas e minúsculas.

A máquina era eficiente e durável e, após um início incerto, as vendas finalmente decolaram, atraindo então o interesse de outros fabricantes; a concorrência apareceu e a indústria de máquinas de escrever instalou-se.

Um aspecto fascinante do desenvolvimento das máquinas de escrever é o relacionado às patentes. Como os concorrentes não podiam infringir as patentes registradas, tinham de inventar características especiais para que fossem patenteadas.

Esse fato explica a enorme variedade de tipos de mecanismos das máquinas de escrever. É fascinante observar essa variedade e analisar essa evolução.

Tanto a Malling Hansen quanto a Sholes & Glidden são máquinas extremamente desejadas pelos colecionadores.



Cartão postal do início do século XX; a palavra typewriter, à época, significava tanto “máquina de escrever” como “datilógrafa”. O título, portanto, “Ocupado com uma typewriter”, é de duplo sentido e um exemplo do humor da época.

Fonte: wwww.maquinasdeescreverantigas.com.br

Cenas do Mundo na década de 30




Visto com olhos de hoje, o mundo de 1930 serve de comparativo para a realidade atual. Os 80 anos que nos separam mostram bem a velocidade das transformações acontecidas. Em 1930, a Europa assistia à ascenção de líderes totalitários e estruturação do Nazismo, que culminaria na deflagração da Segunda Guerra Mundial. A Índia, uma das várias Colônias Britânicas, liderada por Mahatma Gandhi, estruturava um movimento para sua independência, que aconteceria apenas em 1947. A China, invadida pelo Japão, enfrentava uma guerra civil. Os Estados Unidos amargavam a “Grande Depressão de 29″, mas Hollywood começava a conquistar o ocidente. Se alguns dos cenários expostos nas cenas abaixo são familiares, outros chocam, intrigam e nos fazem pensar na enorme distância que criamos em apenas 80 anos. Veja o especial da Revolução de 30 e as fotos em: http://especiais.ig.com.br/zoom/cenas-do-mundo-na-decada-de-30/