13.2.13

Curdistão no Iraque




Por Fernando Rebouças

Após a Primeira Guerra Mundial, o império Otomano entra em colapso, e no Tratado de Versalhes é negociada a criação de um território para os curdos, porém, a proposta foi indeferida. No ano de 1923, a Turquia se tornou numa nação independente reconhecida com 12 milhões de curdos sem estado espalhados por três países: Iraque, Síria e Turquia.



No ano de 1970, os curdos receberam, por meio do acordo de Bagdad, um determinado conjunto de direitos autônomos, porém, permaneceram sem um estado independente.

O conflito curdo-iraquiano se refere a um conjunto de revoltas e guerras que começaram nos anos 1960, a partir do retorno Mustafa Barzani do exílio, e com a primeira Guerra Curdo-Iraquiana. No Iraque, os curdos vivem, majoritariamente, no norte do país.

Nos anos 1970, foram tentadas várias negociações para a criação de um estado curdo na região, todas fracassaram em 1974, gerando novos conflitos e a Segunda Guerra Curdo-Iraquiana entre as milícias curdas no norte e as tropas do governo do Iraque. Depois dessa segunda guerra, o líder Mustafa Barzani e vários integrantes do Partido Democrático do Curdistão se refugiaram no Irã. Considerando esse novo exílio de Mustafa Barzani, a União Patriótica do Curdistão alcançaria influência política entre os curdos. Os dois partidos curdos entraram em conflito em 1978, o UPC (União Patriótica do Curdistão) recebeu apoio do Iraque e venceu o partido de Mustafa Barzani.

Entre 1980 e 1988, o UPC obteve novo apoio do Iraque e o PDC do Irã durante o conflito Irã-Iraque, nessa época, o Iraque recebeu apoios militares dos EUA para vencer o Irã. Fortalecido, em 1986, o Iraque descartou a parceria com o UPC e iniciou uma campanha de genocídio, a Al-anfal, por meio da qual expulsou e matou curdos em seu país.

Depois da Guerra do Golfo, em 1991, o Iraque estava enfraquecido economicamente e politicamente, o que permitiu aos curdos alcançar maior autonomia dentro do território iraquiano. Porém, uma nova série de conflitos ocorreria gerando uma guerra civil que só terminaria em 1997. A autonomia curda ganharia mais força durante a segunda invasão dos EUA no Iraque em 2003.

Porém, os curdos permaneceram sem um estado independente. Em julho de 2012, a força aérea da Turquia bombardeou as bases de forças rebeldes curdas no norte do Iraque, o ataque foi uma represália ao ataque efetuado pelos curdos no sudeste turco.

Fontes:
http://pt.euronews.com/2009/07/25/o-nascimento-do-curdistao-iraquiano/http://exame.abril.com.br/economia/noticias/ataque-da-aviacao-turca-contra-rebeldes-curdos-atinge-iraquehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Conflito_curdo-iraquiano