5.3.14

Síria



Localizada no Oriente Médio, a Síria é a segunda potência militar árabe, superada apenas pelo Egito. Seu território é dominado pelo Deserto Sírio. As áreas férteis ficam no litoral, nas Montanhas Antilíbano e na bacia do Rio Eufrates, no nordeste do país. A economia é baseada na exploração de petróleo, principal produto de exportação. A Síria possui ainda reservas de gás, fosfato e minério de ferro e produz algodão, trigo e cevada. O país é governado por um regime autoritário e nos últimos anos vem estreitando relações com os Estados Unidos. A Síria tem potencial turístico, com atraentes praias na costa mediterrânea e castelos medievais da época das cruzadas.

FATOS HISTÓRICOS - Na Antiguidade, a Síria compreendia os atuais Estados da Síria, Líbano, Israel e Jordânia, além de parcelas do Egito, Turquia e Iraque. Habitada inicialmente por povos de origem semita, sofre invasões de outros grupos étnicos, sendo dividida ou incorporada a diversos impérios. Entre 661 e 750, a conquista muçulmana faz da cidade síria de Damasco a capital do Império Árabe. Entre 1516 e 1918, a Síria é submetida ao domínio do Império Turco-Otomano.

Formação do Estado - O nacionalismo ganha expressão durante a 1º Guerra Mundial (1914 - 1918), na Grande Revolta Árabe contra o domínio Turco, liderada pelo xerife Hussein. Em 1918, Faiçal, filho de Hussein, conquista Damasco. O Reino Unido, traindo a promessa de independência feita aos árabes, assina um acordo secreto com a França, dividindo uma vasta região do Oriente Médio. O mandato da Síria e do Líbano é outorgado aos franceses, e Faiçal, então rei da Síria, é obrigado a fugir do país. O domínio francês vai até o final da 3º Guerra Mundial (1939-1945). Em 1946, por decisão da ONU, as tropas francesas e inglesas abandonam a Síria e o Líbano. O primeiro governo independente sírio é deposto por um golpe militar em março de 1949. Novo golpe militar restabelece o regime constitucional em 1954. Cresce a partir daí a influência do Partido Baath. A Síria afasta-se politicamente dos EUA e passa a receber armas da União Soviética.

Nacionalismo, estatismo, não-alinhamento (em relação aos EUA e à URSS) aproximam durante a década de 50 a Síria do Egito. Em fevereiro de 1958, um plebiscito aprova a fusão dos dois países na República Árabe Unida, com forte hegemonia egípcia. Logo, porém, surgem divergências e um golpe militar separa a Síria do Egito, em 1961.

Guerra dos Seis Dias - Um novo golpe militar, em 1966, leva ao poder a ala radical do Partido Baath, tendo à frente Nuredin Al-Atasi. O novo governo mantém relações tensas com o Egito e aproxima-se cada vez mais da URSS. No início de 1967, a Síria perde as estratégicas Colinas de Golã, na Guerra dos Seis Dias. Após a guerra, aumenta a disputa entre as alas direita e esquerda do Partido Baath. Em novembro de 1970, a ala direita chega ao poder por meio de um sangrento golpe militar liderado pelo ministro da Defesa, general Hafez Assad. Em outubro de 1973, aproveitando a festa judaica do Yom Kippur (Dia do Perdão), a Síria e o Egito atacam Israel. Mais um desastre militar: no contra-ataque, as forças israelenses chegam a 40 km de Damasco. O Conselho de Segurança da ONU obtém o cessar fogo e Israel retira suas tropas.

Intervenção no Líbano - Em 1976, a Síria intervém na guerra civil do Líbano, patrocinando várias facções em luta. Para eliminar qualquer obstáculo à sua hegemonia no Líbano, o governo sírio articula uma facção dissidente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) contra a liderança de Yasser Arafat (1929-). Em 1983, após violentos combates, o chefe palestino e 4 mil seguidores deixam o Líbano. No plano interno, Hafez Assad comanda um regime autoritário. No o ano de 1982, como represália a atentados da Confraria Muçulmana, organização de perfil tradicionalista, o governo desencadeia uma brutal repressão contra a cidade síria de Hamah, matando mais de 20 mil pessoas.

Guerra do Golfo - Isolado no mundo árabe e bastante dependente do apoio soviético, Assad aproveita-se da Guerra do Golfo (1990/91) para dar uma guinada na política externa e apóia a intervenção norte-americana no Kuweit, chegando a enviar tropas à Arábia Saudita. Em retribuição, obtém dos EUA o sinal verde para impor ao Líbano (onde mantém 30 mil soldados de prontidão) uma solução síria para a guerra civil.

Reformas na legislação para atrair capitais estrangeiros, distensão com Israel e algumas medidas liberalizantes no âmbito interno (como a extinção da pena de morte) são as mudanças após a Guerra do Golfo. Em agosto de 1994, o Partido Baath vence as eleições legislativas. Em dezembro de 1995, o governo anistia centenas de presos políticos.

Em junho de 1996, o serviço de inteligência dos EUA revela a ocorrência de atentados a bomba em cidades sírias e os atribui a novos focos de tensão com a Turquia. Os motivos seriam o apoio sírio a uma facção separatista curda e o acordo de cooperação militar que a Turquia assinou com Israel. No mesmo mês, a Síria desloca 40 mil soldados para a fronteira com a Turquia.

Relações com Israel - Com os acordos de paz entre palestinos e israelenses, iniciados em setembro de 1993, a Síria perde a posição de liderança árabe nas negociações multilaterais com Israel. Em janeiro de 1994, o presidente dos EUA Bill Clinton ( 1946-), reúne-se com Assad, que garante que a Síria quer normalizar as relações com Israel. O presidente sírio no entanto exige retirada total de Israel das Colinas de Golã. Em dezembro de 1995, Síria e Israel definem pontos básicos para um acordo de paz. O processo é interrompido em março de 1996, quando a Síria não reprova os atentados terroristas em Israel. No mês seguinte, Israel ataca o sul do Líbano, em represália a ataques do grupo Hezbollah, que a Síria permite que atue no território libanês. As negociações de paz são praticamente paralisadas com a eleição, em maio de 1996, do primeiro ministro israelense Binyamin Netanyahu.

NOME OFiClAL: República Árabe da Síria (AIJumhuriya al-'Arabiya as-Suriya. Capital: Damasco. Nacionalidade: síria. Idioma: árabe (oficial), curdo. Religião: islamismo 86% (sunitas 74%, alawitas xiitas 12%), cristianismo 8,9%, druzos 3%, outros 2,1% (1992). Moeda: libra síria; cotação para 1 US$: 26,60 em out./1996.

GEOGRAFIA - Localização: sudoeste da Ásia. Características: planície costeira estreita e fértil, limitada pelas cordilheiras do Líbano e Antilíbano, paralelas à costa maciços vulcânicos (S), depressão central (metade do território), platô desértico (S). Clima: mediterrâneo (litoral), árido (interior). Área: 185.180 km2. População: 15,2 milhões (1996). Composição demográfica: árabes 88,8%, curdos 6,3%, outros 4,93% (1981). Cidades principais (hab.): Aleppo (1.591.400), Damasco (1.549.900) Hims (644.200), AI Ladhiqiyah (306.500), Hamah (229.000) (1994). Patrimônios mundiais: antigas cidades de Damasco, de Bosra e de Aleppo; Sítio Arqueológico de Palmyra.

GOVERNO: república parlamentarista com chefe de Estado forte. Divisão administrativa: 14 distritos. Chefe de Estado: presidente Hafez AI-Assad (Baath) (desde 1971). Chefe de governo: primeiro-ministro Mahmoud Az-Zoubi (Baath) (desde 1987). Principais partidos: do Renascimento Árabe Socialista (Baath), Frente Nacional Progressista Socialista Árabe, Comunista, Unidade Socialista Sírio-Árabe. Legislativo: unicameral - Assembléia do Povo com 250 membros (84 reservados a candidatos independentes) eleitos por voto direto para mandatos de 4 anos. Constituição em vigor 1973.

ECONOMIA - Agricultura: algodão (699,1 mil t), frutas (1,7 milhão t), verduras e legumes (1,9 milhão t) (1996). Pecuária: ovinos (11,8 milhões), caprinos (1,2 milhão) bovinos (750 mil) (1996). Pesca: 5,6 mil t (1993). Minérios: petróleo (222,6 mil t), rocha fosfática (1,5 milhão t), gás natural (5 bilhões m3) minério de ferro (70 mil t) (1995). Indústria: petrolífera, química, carvão, manufaturas de borracha e de plástico, textil, vestuário, calçados e couro, alimentícia, bebidas e tabaco. Parceiros comerciais: França, Itália, Alemanha, Líbano, Japão.

Fonte: GrupoEscolar.com: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/siria.html

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